Tal como acontece com a maioria das outras séries live-action de “Star Wars”, “Ahsoka” foi filmado em um estúdio StageCraft (comumente referido como The Volume), e a tecnologia de produção virtual continua a produzir retornos mistos. A estréia da série se beneficia da utilização da mesma paleta de cores agradável e terrosa de “Rebels”, que serve para distinguir melhor o programa visualmente dos que vieram antes dele. O histórico de animação de Filoni também se torna aparente nas composições marcantes que preenchem a estréia da série, particularmente durante as sequências ambientadas em Lothal (o planeta natal de Ezra e cenário principal de “Rebels”, para quem não está familiarizado). Como “The Mandalorian” e “The Book of Boba Fett”, porém, as limitações do StageCaft mais uma vez aparecem aqui. Não há nada para rivalizar com a perseguição mais lenta do mundo de “Boba Fett”, graças a Deus, mas há várias cenas durante o episódio 2, especialmente onde é dolorosamente óbvio que os atores do programa estão apenas atuando na frente de um cenário digital.
Vale a pena assistir “Ahsoka”? Eu penso que sim. Por mais irregulares que sejam os dois primeiros episódios, há muito o que admirar (só agora estou mencionando a trilha sonora cativante do compositor de animação de longa data de “Guerra nas Estrelas”, Kevin Kiner) e um potencial ainda maior para a série como um todo. Eu percebo que isso pode soar como condenação com um leve elogio, mas posso dizer honestamente que não é o caso. Há uma história convincente sendo tecida aqui – uma tão espiritualmente rica e politicamente carregada quanto as melhores narrativas de “Guerra nas Estrelas” anteriores – e, à medida que as coisas avançam, ainda pode ser tão gratificante para os entusiastas da animação de “Guerra nas Estrelas” quanto para espectadores mais casuais. Parafraseando uma troca entre dois personagens principais no episódio 2 sobre o assunto da promessa inerente, “Ahsoka” em si é a única coisa que está no caminho do show agora.
Fonte: www.slashfilm.com
