Alexander Payne e Paul Giamatti se reúnem para este filme maravilhoso [TIFF 2023]

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“The Holdovers” é um filme maravilhoso. Isso atende às nossas expectativas, dando a Hunham e Angus uma primeira impressão tão desagradável quanto possível. Mas quanto mais tempo passamos com os dois personagens, mais os conhecemos, os entendemos e os amamos. Isso também se aplica a Mary (uma sensacional Da’Vine Joy Randolph), a cozinheira-chefe de Barton, cujo filho foi recentemente morto na Guerra do Vietnã, apenas um ano depois de se formar. É verdade que Mary não deixa uma primeira impressão negativa, e Randolph faz um trabalho tão complexo com sua personagem que você investe profundamente em sua jornada.

O roteiro, escrito por David Hemingson, é brilhantemente estruturado, construindo de forma inteligente nossa compreensão desses personagens, ao mesmo tempo que é um dos filmes mais engraçados de algum tempo. Hunham tem insultos contundentes que impressionam por sua criatividade e maldade. O filme é delicado no tratamento de assuntos delicados, mantendo um caloroso senso de humor, e nunca deixa de se interessar em sondar a humanidade dos personagens.

Ninguém se esconde como Payne, e eu me descobri amando cada segundo gasto com essas pessoas difíceis. Eu senti o que eles sentiram e fui dominado por emoções em várias ocasiões, impressionado com o quão natural e realista cada interação e momento pareciam. A trilha sonora de Mark Orton é adorável e nunca enjoativa, auxiliando nas batidas emocionais sem ser arrogante. E a trilha sonora evoca perfeitamente a época, principalmente o uso de “The Wind” de Cat Stevens.

Com os atores errados, “The Holdovers” não seria o filme magnífico que é. Giamatti pode ser o melhor que já foi – sempre confiável, Giamatti é excelente como um professor endurecido com uma suavidade escondida dentro de um labirinto. Ele carrega grande parte do filme através de seu charme (ou falta dele), e isso é nada menos que magnetizante. Sessa pode ser a descoberta do ano – em uma reviravolta bastante fortuita, Sessa está no último ano da escola onde o filme foi rodado. Ele fornece um contraste emocional e cômico perfeito para o endurecido Hunham. E ambos são brilhantes ao lado de Randolph, que equilibra humor e dor de cabeça com gosto.

‘The Holdovers’ passa com facilidade por seus consideráveis ​​​​135 minutos de duração, e seria fácil imaginar passar mais algumas horas com esse grupo fascinante de personagens. Já não são feitos filmes suficientes como este, e “The Holdovers” é a prova de que precisamos de histórias humanas mais ponderadas, estudadas, amorosas e irresistíveis na tela. Certamente ajuda, porém, quando Alexander Payne está no comando.

/Classificação do filme: 9,5 de 10

Fonte: www.slashfilm.com



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