Dutta e o criador da história, Ashish Mehta, apresentam ao público americano um demônio indiano chamado “Pishach”, definido como um devorador de almas. Enquanto a aparição da entidade malévola é mantida para a revelação do terceiro ato, ainda há perigo a partir do momento em que Sam evita a tagarelice de Tamira sobre contos populares indígenas e quebra seu pote gravado com linguagem protetora. “It Lives Inside” primeiro emprega uma figura invisível responsável por uma cena retorcida onde o Pishach ataca violentamente, torna-se mais visível como um tipo de Freddy Krueger que invade o pesadelo de Sam com semelhanças assustadoras com “O Anel”, então a revelação do grande monstro mostra o Pishach foi projetado a partir de moldes de criaturas com dentes irregulares, como em “Festa”. Vimos essas técnicas reajustadas por inúmeros cineastas de terror, tornando Dutta apenas o mais recente – mas sua execução exibe visão e comando constantes. Recreação não é crime desde que a execução esteja no ponto, o que Dutta garante, pois os sustos são tão confiantes quanto o escritor e o diretor por trás das câmeras.
A compostura é uma atração fundamental para “It Lives Inside”, seja a cinematografia distorcida de Matthew Lynn que gira para representar vidas viradas de cabeça para baixo ou a iluminação densa e sombria que prega atmosferas alarmantes. Dutta reconhece como os filmes de terror são atraentes, soam e aterrorizam, o que “It Lives Inside” replica com facilidade. O desencanto de Sam e Poorna como um adolescente rebelde que luta pela independência é um arco tão bem polido quanto a história de amor adolescente de Sam e Russ ou a série de truques de bicho-papão de Pishach, desde olhos espiando na escuridão até marcas de mordidas perfurando a carne.
Mas ainda há um limite nas relações perigosas de Sam com Pishach, já que a experiência parece longa demais e um pouco anticlimática. Dutta telegrafa muito de “It Lives Inside” porque é menos sobre o destino e mais um comentário sobre a jornada, que ainda carece de um pouco de suspense no roteiro. Em vez disso, uma produção de uma hora e quarenta minutos implora para ser noventa apertada, arrastando-se enquanto a versão invisível do Pishach domina o tempo da tela antes que a besta física entre em cena. O filme está no seu melhor em momentos mais assustadores, como quando a preocupada professora de Sam, Joyce (Betty Gabriel), foge do estilo “Lights Out” de Pishach, o que se torna aparente à medida que o acúmulo pode demorar entre altercações cheias de adrenalina.
Um bom filme de terror como “It Lives Inside” atinge o ponto, mesmo que não seja super satisfatório. Bishal Dutta quebra fronteiras com uma história demoníaca de amadurecimento que é tão introspectiva quanto violentamente agressiva. Qualquer comparação com “The Ring” ou “Lights Out” não pretende ser um encolher de ombros sobre algo que está sendo feito melhor em outro lugar – a arte de qualquer meio influencia os criadores no futuro. Dutta nunca tem vergonha de se apoiar no que é assustador há décadas, o que ele consegue por causa do artesanato em exibição. Cineastas menores não receberiam tais graças.
/Classificação do filme: 7,5 de 10
Fonte: www.slashfilm.com