O épico histórico de Ridley Scott apenas arranha a superfície

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“Napoleão” começa no meio da Revolução Francesa, com o então Capitão Napoleão testemunhando a execução de Maria Antonieta. É sangrento e horrível, e o medo toma conta do país à medida que a guilhotina se torna sempre presente. No meio de tudo isso, Napoleão assume o comando e lidera as tropas na batalha – uma batalha que ele vence facilmente. Isso o catapulta de capitão a general e, antes que percebamos, ele também será coroado imperador. Como? Acabei de ver o filme e honestamente não saberia contar como tudo aconteceu. Porque tudo parece apressado. Uma coisa que você pode dizer sobre “Napoleão”: ele não é lento. O filme se move a uma velocidade vertiginosa, aparentemente correndo pela ascendência de Napoleão. A certa altura, um personagem afirma com naturalidade que 15 anos se passaram e eu quase fiquei surpreso. Realmente? Com certeza não parecia assim.

No meio das campanhas e batalhas militares de Napoleão – que Scott encena com maestria – está a história de seu romance com Joséphine, interpretada por Vanessa Kirby. Kirby se sai melhor do que Phoenix aqui, talvez porque seu papel seja mais livre e não sobrecarregado por carregar o filme inteiro. Kirby retrata Joséphine como uma pessoa brincalhona e autoritária, e o romance turbulento entre os amantes é o destaque do filme. A certa altura, Napoleão descobre que Joséphine arranjou um amante e abandona imediatamente as suas tropas para voltar para casa e confrontá-la. Ela está arrependida, implorando perdão. E então acontece uma coisa curiosa – depois que o filme interrompe seu pedido de desculpas, ele a encontra no comando, fazendo Napoleão admitir que não é nada sem ela. É o equilíbrio dessa relação que é verdadeiramente fascinante, e eu só queria que o filme tivesse mais disso.

Fonte: www.slashfilm.com



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