O thriller biográfico de Christopher Nolan é um dos melhores filmes do ano

0
76

“Oppenheimer” apresenta seu protagonista em modo de crise. Ele está estudando no exterior e com muita saudade de casa, incapaz de dormir e ridicularizado por seu professor. Essa zombaria leva o jovem cientista a fazer o impensável: envenenar a maçã que está na mesa do professor. É uma maneira arriscada de apresentar seu personagem principal, e Nolan está sinalizando imediatamente o estado mental fraturado de Oppenheimer – ele é brilhante, mas atormentado, como se estivesse constantemente tentando resolver algum problema em sua mente hiperativa. A partir daqui, Nolan parte para as corridas, entrando e saindo de duas linhas de tempo distintas. A linha do tempo principal, filmada em cores, é contada inteiramente do ponto de vista de Oppenheimer, dando-nos a história como ele a viu (ou como Nolan, adaptando o livro “American Prometheus” de Kai Bird Martin J. Sherwin, imaginou que a viu).

A segunda linha do tempo, filmada em preto e branco, se concentra em outro personagem: Lewis Strauss, o ex-presidente da Comissão de Energia Atômica dos EUA, enquanto ele passa por uma audiência de gabinete na década de 1950. Interpretado por Robert Downey Jr., Strauss é nossa janela para uma visão diferente de Oppenheimer; um estranho olhando para dentro. Downey Jr., que tem estado muito ocupado com as coisas da Marvel para aparecer em muitos outros filmes (exceto “Dolittle”), é elétrico no papel, trocando seus maneirismos habituais por um personagem mais reservado e misterioso. Não conseguimos decifrar o que é Strauss e por que o filme está focando tanto nele, e isso porque Nolan está jogando o jogo longo. Ele vai chegar lá eventualmente.

Fonte: www.slashfilm.com



Deixe uma resposta