Wright visita drive-ins em todo o país, traça o perfil das pessoas e do terreno e os convida a contar suas histórias. Os locais de interesse incluem The Wellfleet em Cape Cod, Mission Tiki de Los Angeles, The Galaxy Drive-in de Ennis, Texas, e o Field of Dreams Drive-in de Liberty Center, Ohio. Este último existe porque o proprietário ficou obcecado em abrir um drive-in perto de sua casa rural, mas ficou frustrado com a oposição local ao zoneamento. Ele decidiu fazer isso no quintal atrás de sua casa, uma espécie de cenário “Se você construir, eles virão” do filme de 1989 “Campo dos Sonhos”. (Este último também inclui golfe putt-putt, golfe caipira, vôlei de areia e outras diversões na tentativa de atender às famílias.)
O filme de Wright é uma carta de amor para drive-ins, terminando com um apelo para ajudar a salvá-los. Mas, infelizmente, também é um lembrete dos fatores complicadores inerentes à produção de filmes sobre eles: todo drive-in parece o mesmo, independentemente da parte do país em que está localizado, o que leva a uma certa repetitividade visual. Com exceção dos drive-ins próximos às grandes áreas urbanas (das quais não restam muitos), você provavelmente está falando de um espaço aberto grande o suficiente para acomodar uma ou mais telas gigantes, com vastas extensões de concreto aberto onde os carros dos clientes vão estacionar.
O filme de 2017 “At the Drive-in” é, apesar de ter sido rodado antes da pandemia, uma experiência totalmente mais informativa e fascinante, em grande parte porque se concentra em um único lugar, o Mahoning Drive-in na Pensilvânia, e gasta mais tempo sobre personalidades individuais e as peculiaridades de administrar esse tipo de negócio. Mas, sem exceção, cada pessoa entrevistada aqui no filme de Wright associada a um drive-in parece um ser humano maravilhoso vivendo um sonho – em um caso, um sonho multigeracional, no qual os filhos e, por fim, os netos assumirão o controle.
Já disponível nas plataformas digitais.
Fonte: www.rogerebert.com
