Embora não comecemos com um, temos um flashback – um dispositivo que está rapidamente se tornando a melhor arma do show. Voltamos aos primeiros dias do surto, quando a recém-fundada FEDRA (Agência Federal de Resposta a Desastres) foi de cidade em cidade evacuando pessoas – e executando-as se não pudessem se encaixar em um QZ. Observando-os à distância e evitando um fim trágico, está Bill (Nick Offerman), um preparador do Juízo Final com um porão cheio de armas e munição e um grande sorriso por finalmente provar que estava certo quando o mundo acabar.
A partir daí, o episódio é praticamente inteiramente dedicado à história de Bill, como ele passou os primeiros anos do apocalipse vivendo em sua própria bolha “Último Homem na Terra” e como tudo mudou quando ele conheceu Frank (Murray Bartlett). Mais uma vez, “The Last of Us” prova estar no seu melhor quando se afasta de Joel e Ellie (mesmo que eles governem) para pintar uma imagem de como o surto afetou outras pessoas. Aqui, vemos como o mundo mudou pelos olhos de Bill e como ele próprio mudou e acreditou em algo mesmo depois que o mundo lhe deu todos os motivos para desistir.
A pequena vizinhança de Bill e Frank se torna uma bolha de como as coisas mudaram nos últimos 20 anos, desde o horror inicial da tomada do poder pelos militares, até o aumento da desconfiança e invasores se tornando um problema ainda maior do que os infectados, até o governo ficar cheio de nazistas literais. É uma jogada inteligente para um episódio que trata de encontrar significado e esperança na vida depois que você pensa que tudo acabou. Também retrata a lenta queda da humanidade que não costumamos ver nas histórias de zumbis, que simplesmente pulam para o pós-apocalipse.
Fonte: www.slashfilm.com
