Além de sua total falta de ambição e originalidade, “The Exorcist: Believer” também é editado de forma agravante. O filme de Friedkin foi uma obra-prima de ritmo inteligente e uso do silêncio para expressar medo crescente. Green aumenta o ritmo para uma velocidade quase caprichosa, avançando ansiosamente, feliz por chegar ao clímax o mais rápido possível. Ao fazê-lo, porém, não há sensação de perigo, nem pavor crescente. Se a possessão demoníaca é um elemento conhecido na vida de todos os personagens, então é apenas um problema solucionável, em vez de uma revelação agressiva dos sombrios mistérios da fé.
O filme de Friedkin foi seguido pelo absurdo e terrível “Exorcista II: O Herege” em 1977, que envolvia ligações psíquicas através de máquinas de hipnose. “Exorcist III” foi lançado em 1991 e alguns fãs acham que corresponde ao original. Em 2004, Paul Shrader fez uma famosa prequela de “O Exorcista” chamada “Dominion”, mas o estúdio entrou em pânico e refez o filme inteiro – com a maior parte do mesmo elenco e locações – com o diretor Renny Harlin. “O Exorcista: O Começo”, de Harlin, chegou primeiro aos cinemas, mas é, de longe, o pior. O filme de Schrader pelo menos teve a decência de ser cuidadoso.
“Believer” não é o pior filme “Exorcista” de forma alguma, mas é certamente o menos intrigante. É um thriller mecânico e agitado que se esquece de nos assustar. Algumas imagens são vagamente assustadoras, mas nada deste filme será lembrado com clareza significativa quando o ano terminar. Green tem um domínio tão vago do material que parece entrar em pânico e recorrer a sustos e crianças demoníacas que rugem. Depois de 50 anos, talvez seja hora de colocar os exorcismos cinematográficos no pasto e deixar Tubi ficar com eles.
/Classificação do filme: 4,5 de 10
Fonte: www.slashfilm.com